BIORK | CRYSTAL DEO STICK

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O conceito de desodorizante natural é daqueles que já não são propriamente uma novidade. Neste momento, o mercado conta com uma vasta oferta. No entanto, o namoro pela ideia de fazer esta transição foi mais longo do que deveria, e deveu-se em particular por dois factores: pagar mais, porque logicamente o melhor para nós e para o ambiente deve ser mais caro (coff-coff) e poder ter um efeito inferior. 

Em tempos, deparei-me com o "desodorizante que é uma pedra" - literalmente a forma descritiva usada, e heis que houve então um pico súbito da minha atenção para este assunto. Quando o meu último desodorizante acabou decidi finalmente experimentar esta tão prometedora fórmula mais natural. Hoje, passados uns bons meses a utilizar ainda o mesmo que elegi para iniciar esta jornada, venho partilhar um pouco sobre a minha experiência, o que me fez tomar a decisão de mudar e ainda algumas dicas de manutenção. 

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O que me fez mudar?

Se calhar deveria, mas nos tempos que correm não sinto que seja necessário aprofundar muito no que toca à ciência dos antiperspirantes e maioria dos desodorizantes. Já todos sabemos que a ideia é bloquear a transpiração, e como tal são usadas variadas formas de alumínio. Estas formas são compostas por partículas muito pequenas que são facilmente absorvidas pela nossa pele, acumulando-se no nosso organismo. Esta acumulação a longo prazo gera uma intoxicação e está ligada a certos tipos de cancro e outras doenças.

É certo que poderia então utilizar desodorizantes que simplesmente não contenham alumínio. No entanto, faltando uma tanta ou quanta educação em química, torna-se difícil distinguir muitos dos ingredientes listados com nomes de doenças do arco-da-velha, ficando portanto mais fácil confiar no rótulo e se o cheiro agradar seguir em frente. 

Portanto, para além do factor saúde, que vá convenhamos tem bastante peso, existem ainda outros factores nos desodorizantes convencionais que sempre me deixaram um pouco incomodada. 

Para começar, crio uma resistência rápida aos desodorizantes, o que me obriga a saltitar entre marcas com regularidade. Por vezes, tenho a sensação que certos desodorizantes me fazem cheirar pior do que se não usasse nada, já vos aconteceu? Aquelas manchas brancas tão atractivas e que acabam por estragar a roupa. O facto de chegar ao fim do dia a cheirar a uma mescla de suor e perfume que honestamente me dá a volta ao estômago. Juntando isto tudo à questão das embalagens descartáveis e temos então os principais motivos que me levaram a tomar esta decisão.


Mas então o que é isto do desodorizante de cristal?

De uma forma resumida trata-se de um stick composto essencialmente por potassium alum, que é uma espécie de mineral natural já conhecido a séculos pelas suas propriedades anticépticas. Em teoria, as partículas que o compõem são demasiado grandes para serem absorvidas pela nossa pele ajudando, no entanto, a manter controlada a criação de bactérias que causam o mau odor na nossa transpiração. Ou seja, permite ao nosso corpo continuar a transpirar, minimizando o mau odor.

Recomendo que façam uma pesquisa mais aprofundada se quiserem aprender um pouco mais sobre a ciência da coisa. Até porque, apesar deste componente ser natural e ter vindo a ser usado à bastante tempo, no final do dia estamos sempre a fazer descobertas através de novos estudos.

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Utilização e dicas de manutenção

Antes mesmo de mergulhar nesta onda de pés juntos, fiz também a minha pesquisa neste campo e lembro-me em particular de um comentário que referia a questão da embalagem absorver o mau cheiro. Este foi um ponto que desde o início quis evitar, especialmente tendo em conta a embalagem do desodorizante que uso ser de cortiça - que por curiosidade vem de Portugal.

Passados uns bons meses de utilização posso dizer que cheguei à forma mais conveniente de não só tirar o melhor partido deste desodorizante, como também de o manter limpo e prolongar a sua vida.

Após sair do banho e secar o corpo, a primeira coisa que faço é molhar a ponta do desodorizante com água e esfrego-o durante uns segundos nas axilas. A sensação é literalmente como a de esfregar um cristal polido e molhado na pele. Não fica cheiro nenhum, mas a pele pode ficar molhada, daí preferir que este seja o primeiro passo na rotina, de forma a dar tempo para a água evaporar antes de me vestir.

Antes mesmo de guardar novamente o desodorizante na embalagem, gosto de novamente molhar a ponta e, simplesmente, com a mesma toalha que uso para me secar, seco também o desodorizante.

Tenho utilizado este método à mais de cinco meses e posso dizer que a embalagem continua impecável e o stick praticamente sem desgaste nenhum.

E funciona mesmo?

No início estava meio céptica e posso dizer que demorei cerca de dois dias a sentir que realmente estava a fazer algum efeito. Não sei por que motivo, mas os dois primeiros dias senti como se o meu corpo se estivesse a libertar de toxinas, pois rapidamente ficava a cheirar mal. Mas passados esses dois dias iniciais não tenho tido qualquer razão de queixa.

Continuo a transpirar da mesma forma, no entanto, não cheiro mal. Se enfiar o nariz bem pertinho das axilas cheiro a mim mesma, não se tratando de todo de um odor mau, forte ou incomodativo. E na verdade, até hoje ninguém se queixou.

Em termos de praticabilidade pode exigir uns segundos extra na aplicação e manutenção, mas pessoalmente acho que compensa bastante. É leve e portátil, e por não se tratar de um líquido ou aerossol considero até mais seguro para viagens. 

Os problemas de manchas na roupa acabaram e de forma geral sinto que cumpre a sua função desde manhã até ao final do dia seguinte. Ah! E um grande plus para mim - Não interfere com o meu perfume. Referi que é completamente inodoro?

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Esta é a minha experiência com o Biork Crystal Deo Stick. Se tiverem alguma experiência diferente, ou dúvidas, por favor, partilhem nos comentários. 

E se gostariam de um update no futuro sobre qual o desgaste do stick, se ainda sinto que funciona ou não, etc., digam-me também e farei com todo o gosto.




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