Cacofonia
Aparentemente esta é coisa que faço com bastante frequência. No entanto, apenas agora descobri que não só o faço como qual é o real significado da palavra que tanto me remete a um gira-discos com grafonola a tocar de forma engasgada um disco riscado, e daí adorar a palavra. Ora bem! O significado desta palavra até tem um pouco a ver com a imagem mental descrita acima, pois trata-se da descrição de um conjunto de palavras ou sílabas que juntas formam um som desagradável ou que poderá ser mal interpretado. Conseguiriam encontrar palavra melhor para descrever tal coisa?
Avistamento de aparições em massa
Dificilmente será esquecido, até a nível global, o fenómeno natural e consequente devastação sentida no dia 11 de Março de 2011 em Tohoku, Japão. Após um dos terramotos com número de escala mais alto alguma vez registado mundialmente seguiu-se um maremoto que deixou um rasto de destruição absurdo e cujas marcas ainda hoje são visíveis. Uma das grandes consequências deste maremoto foi a perca da vida de perto de 16 000 habitantes numa questão de minutos e outros mais de 2 500 que permanecem desaparecidas até à data, praticamente dez anos depois. É importante referir que devido à situação envolvente, não foi possível cremar (como crença e tradição Japonesa) de imediato os corpos, tendo sido estes enterrados e posteriormente cremados. Estes são os factos. E refiro os mesmos para que tenhamos uma pequena noção do quão traumático uma experiência como esta de facto é, e cuja deu então origem ao tal fenómeno que vim a conhecer este mês através do episódio "Tsunami Spirits" da série "Unsolved Mysteries" disponível na Netflix.
Este episódio retrata algumas das diversas experiências paranormais registadas por moradores locais após a destruição sentida. Não se trata apenas de uma ou outra pessoa a relatar experiências ditas paranormais, mas centenas de pessoas relatando experiências do mesmo género. Se tiverem curiosidade sobre o assunto e quiserem saber mais, recomendo que vejam o episódio.
Não querendo de todo ofender susceptibilidades, a minha veia céptica e curiosa por tudo o que envolva a mente, leva-me a acreditar que se tenha tratado de uma experiência de stress pós-traumático colectiva devido aos acontecimentos sem dúvida traumatizantes e catastróficos. Esta é naturalmente uma consequência também vivida por, por exemplo, militares em serviços traumatizantes, sendo, no entanto por norma falado de forma mais individualista neste caso. E este foi um dos motivos pelo qual considerei uma descoberta interessante de ser partilhada convosco. É incrível o que a nossa mente consegue e o quão pouco ainda sabemos sobre ela.
Miyu Beads
Desde que conheço a Inês que conheço o amor dela pelas missangas. Relembro-me com muito carinho as horas passadas depois da escola em lojas de missangas de vidro onde ela escolhia a dedo quais comprar enquanto eu me deslumbrava entre cores, formas e reflexos, ansiosa para ver o resultado do trabalho dela. À mais de treze anos ofereceu-me um anel lindo feito à mão por ela, que mantenho comigo até hoje, e foi aí que ganhei esperanças de um dia a ver partilhar o seu talento com o mundo. Foi finalmente este mês que a marca Miyu Beads ganhou vida através da sua página de Instagram onde a Inês partilha finalmente as suas criações com todos nós e através da qual poderão não só seguir o seu trabalho como fazer encomendas. Escusado será dizer que recomendo que vejam com os próprios olhos e lhe deixem muito amor, porque ela merece e o trabalho dela também.
Par de jarras Podcast
Com os pés praticamente fora do mês, heis que recebo no email a newsletter da Ana onde dava a conhecer o novo Podcast Par de Jarras. Tenho de admitir que não sou de todo a mais ávida ouvinte de podcasts, particularmente dos que não têm imagem, mas não pude deixar de ir a correr ouvir o episódio piloto. Fez-me sentir como uma velha do Restelo completamente alheada do mundo mais jovial? Fez. Fez-me rir às gargalhadas? Sem dúvida que também. Concordo plenamente com "de rodillas, coño!" e mais não adianto, ouçam vocês. Este podcast conta com as vozes da Ana Garcês e Catarina Alves de Sousa, que sem dúvida me são ainda difíceis de distinguir, talvez por ainda não ter tido oportunidade de as conhecer ao vivo e a cores. Ambas foram também as criadoras do evento Bloggers Camp, ao qual nunca consegui participar por não coincidir com as datas de visita a Portugal, assim como apenas meses mais tarde soube da sua viagem à Holanda. Digamos que andamos desencontradas, e o podcast acaba por ser uma forma de conhecê-las um pouco mais para além das palavras escritas que tenho vindo a ler à anos através dos seus blogs, Infinito mais um e Joan of July.
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