E cá estamos nós, no final da nossa road trip pelo norte de Espanha. Estes últimos dias foram sem dúvida os meus preferidos! Não me entendam mal, eu adorei toda a viagem desde o primeiro dia, mas sou completamente perdida por montanhas e rios e nada me traz mais perto da natureza do que poder chegar ao topo de uma montanha e ver as nuvens abaixo dos pés.
Depois de sairmos de San Sebastián rumámos até Cangas de Onís, nas Asturias, onde passámos umas noites. Não se deixem enganar pela água cristalina e pelos locais banhistas, porque aqui a menina enfiou um pé dentro de água e saiu um cubo de gelo de tornozelos roxos.
No dia seguinte fomos visitar Covadonga e os seus históricos monumentos. Deixem-me dar-vos um pouco de informação sobre o local de uma forma bem resumida visto ser tão importante para as Asturias.
Em 722, Pelayo (que foi o lider dos nobres visigodos) ganhou a batalha contra os mouros, evitanod que eles entrassem ainda mais por dentro das Asturias. A história muda bastante consoante a fonte, mas os cristãos acreditam que a virgem maria foi crucial para a victória da batalha e por isso a Gruta Sagrada tornou-se um local de reza frequentemente visitada. Dizem ainda que Pelayo morou na dita gruta, onde hoje em dia resta o seu túmulo e capela. De uma importância também consideravel é a Basílica de Santa Maria la Real construída num estilo neo-romano entre 1886 e 1901 onde se diz ter sido o local exacto onde Pelayo ganhou a sua victória histórica. Como já deu para perceber Pelayo virou um herói nacional.
Não sou de todo regiliosa, mas estar num local com uma história que se vem a arrastar de à tantos anos trouxe-me alguns arrepios.
Tudo isto está situado no Parque Nacional de los Picos de Europa, por isso claro que não poderiamos deixar de explorar um pouco do ambiente envolvente.
Pegámos no carro e fomos rumo ao topo, passando pelo Lago de Enol e o Lago de Ercina. Parámos numa pequena tasca no meio de nenhures, onde bebemos (e acabámos por trazer o resto da garrafa inteira) de cidra caseira. Passeámos pelo meio de vacas enormes e até deu para sentir a relva a ser puxada da terra enquanto pastavam. Só se ouvia os badalos a ecoar pelas montanhas. Incrível!
Na maioria do caminho montanha acima não dava para ver nada por estarmos a passar o nível das nuvens, mas assim que chegámos ao topo fomos deslumbrados por uma das melhores vistas de sempre. Existe uma calma tão inexplicável quando estamos tão elevados.
Antes de rumarmos de volta ao sítio onde ficámos a dormir, claro que tivemos de experimentar o teleférico de Fuente Dé. Vale completamente a pena o dinheiro! Em apenas 5 minutos conseguimos ficar elevados 753 metros através de um cabo de 1450 metros de comprimento. A vista é linda!
Depois de muitos passeios e tocar em tudo o que conseguimos, decidimos voltar. No dia seguinte viajámos até Vigo, onde passámos a noite antes de entrarmos no Porto, já em Portugal.
Clica aqui para veres o início desta viagem!
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